SOCIEDADE Desfile de colunáveis na despedida da Miss Modular Chuva forte e ausência de jornalistas de suplementos juvenis impediram a re...
SOCIEDADE
Desfile de colunáveis na despedida da Miss Modular
Chuva forte e ausência de jornalistas de suplementos juvenis impediram a realização do esperado abraço simbólico
A enxurrada de protocomunicólogos e afins que compareceu, sábado passado, ao derradeiro final de semana do pick-me-up’s Miss Modular, no Rivière Rouge soteropolitano, até agora procura o produtor cultural da festa – o grito “Apareceu a margarida” ficou preso na garganta, desapontando a todos. Tiveram que se contentar com Roberto Carlos apócrifos e Beatles ancestrais, numa demonstração de que, para além de elucubrações biológicas, existe vida antes dos Strokes.
Menção honrosa à quase sincrônica execução de Tell Me More nas caixas de som e Grease (Nos Tempos da Brilhantina, massa ignara!) no écran improvisado, nada chamou mais a atenção do que o casaco de veludo – última moda de Milão a Nova York, que agora desembarca nos trópicos –, da socialite franco-baiana Laetitia Marx. A ponto de motivar galanteios inspirados no “semblante” (S-E-M-B-L-A-N-T-E) da beldade. Quem viu, viu, quem não viu, sorry periferia.
Comprometida por um sistema de drenagem deficiente no primeiro andar – São Pedro, ao que parece, não compactuou com o necrológio publicado na imprensa –, a festa esteve mais acalorada na pista comandada por uma trupe de DJ´s vestidos a rigor, com a última moda da primavera-verão de 1950. Um rosto no meio da multidão, porém, deixava transparecer um espírito cherchez la femme. Procurou, procurou, mas não viu sombra da blonde de blusa listrada. Detratores de Terra em Transe também foram avistados no local.
Cevadinho – Sob o pretexto de acompanhar o trabalho de apuração de nossa equipe de reportagem, El Editor desta Hora Prima compareceu em traje de gala, fato comentado por todos. Acusado de praticar proselitismo de seu modo de vida, El Editor se defendeu, afirmando que as responsabilidades que tem na direção deste noticioso ultrapassam qualquer insinuação do gênero. “Estava em uma recepção de boas-vindas organizada pela direção do clube. Era uma exigência de minha consciência”, disse, apontando para o traje. El Editor só não se saiu bem do comentário de que estava “cevadinho”. “É a prosperidade”, desconversou.
A noite caiu, a chuva caiu, e não se viu rastro de jornalista de suplemento juvenil, cuja presença era requisitada pelos fotógrafos para documentar o prometido abraço simbólico ao local. Câmeras em punho, alegaram ser inútil bater a chapa sem poses que rivalizassem com as vistas na Revista da TV, do A Tarde de 23 de abril. Como de poser e louco, nem todo mundo tem um pouco, a Miss Modular dormiu na chuva, com frio, sem ter recebido sequer um aceno em sua propagada despedida.
Desfile de colunáveis na despedida da Miss Modular
Chuva forte e ausência de jornalistas de suplementos juvenis impediram a realização do esperado abraço simbólico
A enxurrada de protocomunicólogos e afins que compareceu, sábado passado, ao derradeiro final de semana do pick-me-up’s Miss Modular, no Rivière Rouge soteropolitano, até agora procura o produtor cultural da festa – o grito “Apareceu a margarida” ficou preso na garganta, desapontando a todos. Tiveram que se contentar com Roberto Carlos apócrifos e Beatles ancestrais, numa demonstração de que, para além de elucubrações biológicas, existe vida antes dos Strokes.
Menção honrosa à quase sincrônica execução de Tell Me More nas caixas de som e Grease (Nos Tempos da Brilhantina, massa ignara!) no écran improvisado, nada chamou mais a atenção do que o casaco de veludo – última moda de Milão a Nova York, que agora desembarca nos trópicos –, da socialite franco-baiana Laetitia Marx. A ponto de motivar galanteios inspirados no “semblante” (S-E-M-B-L-A-N-T-E) da beldade. Quem viu, viu, quem não viu, sorry periferia.
Comprometida por um sistema de drenagem deficiente no primeiro andar – São Pedro, ao que parece, não compactuou com o necrológio publicado na imprensa –, a festa esteve mais acalorada na pista comandada por uma trupe de DJ´s vestidos a rigor, com a última moda da primavera-verão de 1950. Um rosto no meio da multidão, porém, deixava transparecer um espírito cherchez la femme. Procurou, procurou, mas não viu sombra da blonde de blusa listrada. Detratores de Terra em Transe também foram avistados no local.
Cevadinho – Sob o pretexto de acompanhar o trabalho de apuração de nossa equipe de reportagem, El Editor desta Hora Prima compareceu em traje de gala, fato comentado por todos. Acusado de praticar proselitismo de seu modo de vida, El Editor se defendeu, afirmando que as responsabilidades que tem na direção deste noticioso ultrapassam qualquer insinuação do gênero. “Estava em uma recepção de boas-vindas organizada pela direção do clube. Era uma exigência de minha consciência”, disse, apontando para o traje. El Editor só não se saiu bem do comentário de que estava “cevadinho”. “É a prosperidade”, desconversou.
A noite caiu, a chuva caiu, e não se viu rastro de jornalista de suplemento juvenil, cuja presença era requisitada pelos fotógrafos para documentar o prometido abraço simbólico ao local. Câmeras em punho, alegaram ser inútil bater a chapa sem poses que rivalizassem com as vistas na Revista da TV, do A Tarde de 23 de abril. Como de poser e louco, nem todo mundo tem um pouco, a Miss Modular dormiu na chuva, com frio, sem ter recebido sequer um aceno em sua propagada despedida.
13 comentários
Literaturwissenschaft = tudo junto!
ReplyVocê fala da franco-baiana, do jovem garanhão, da blond-girl, da ausência do suplemento juvenil, do casaco de veludo, da chuva, do diabo-a-quatro... Não esqueceu ninguém não?
ReplyMmmmmm... Assim não vou mais, cevadinho!
Quem é Jujuba, Vitor????
ReplySou a deusa dele, fofa. A lindona de cabelos cacheados que o seu namorado não parava de notar e que, inexplicavelmente, não foi citada na sua coluna.
ReplySerá que o jornalista de suplemente não apareceu com medo da horda indie-pop-vassala-de-Julian-Casablancas, que iria apedrejá-lo pelo seu ataque à sua deusa?
ReplyAliás, el editor prometeu cobertura do assunto.
Peço que o ombudsman se explique novamente, pois ele não se fez entender direito.
Reply:)
A deusa q quem me refiro não é a jujuba...
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Essa minha redação, não sei não...
Replypois o meu casaco roubado do julian casablancas voltou pra casa com cheiro fortíssimo de fumo. vou deixar em sua casa pra lavar, ok? (minha máquina de lavar quebrou)
Replyadorei o tom coluna social. me senti um nada por ter perdido tal evento. hahahaha e A-M-E-I a expressão "sorry periferia." vou adotar! hahahaha
Replybjo
Beckenbauer, tenho que deixar meu ego suspenso por um instante e confessar: seu texto é muito bom! Essa história de abraço simbólico é muito engraçada. Só mesmo as cervejas Nova Schin quentes do Padre Pinto 5.9 para superá-la.
ReplyAgora, aquele meu gol de canhota no ângulo foi sensacional! Pronto, meu ego cedeu à gravidade!
Já está na hora de postar de novo, Sued!
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