Hora Prima implementa Projeto Rolha Documento “Alguns saltos que é preciso dar” estabelece novos rumos da linha editorial O Conselho Edit...
Hora Prima implementa Projeto Rolha
Documento “Alguns saltos que é preciso dar” estabelece novos rumos da linha editorial
O Conselho Editorial e a direção da Hora Prima anunciaram ontem, na sede da Avenida Rubem Berta, o lançamento de novas diretrizes editoriais para o periódico. Entre as metas do Projeto Rolha, alcunha que batiza o conjunto de medidas propostas, estão “tapar os buracos na apuração e execução da notícia, impedir flatulências lingüísticas e prevenir o vazamento do público leitor”. A intenção é adaptar o veículo ao “imperativo dos novos tempos e ao paladar dos novos leitores”, informou o diretor de Redação Viktor Pamplonovitch. “A Hora Prima nasceu sob o signo da modernidade. O que estamos propondo agora é, tão somente, um maior afinco na busca deste desígnio divino”, discursou, comedido, Pamplonovicht.
O Projeto Rolha é explicado em pormenores no documento “Alguns saltos que é preciso dar”, previamente divulgado para a Redação e colaboradores do jornal, cuja publicação é agora autorizada pelo Conselho Editorial. Nele ficam estabelecidas novas metas para a linha de atuação do periódico: informação inquestionável, interpretação excelente e infinidade de opiniões. Objetivos, esclarece a direção, na busca de um jornalismo cínico, singularista e repartidário. O projeto, formulado com consultoria da recém-criada Fundação Hora Prima de Educação e Pesquisa – a Universidade de Navarra foi desqualificada do processo por não cumprir exigências técnicas – visa, também, atender às normas da Oficina de Jornalismo Digital, coordenada pelo mecânico Marcos Palacios.
Leia na íntegra o documento “Alguns saltos que é preciso dar”:
Em menos de um ano de atividade no mercado editorial, a Hora Prima atingiu níveis de excelência em sua missão de propalar o divisionismo nas mais diversas camadas da sociedade. A crença de que dividir, para o propósito democrático, é mais útil que informar sempre esteve presente nos corações e mentes de nossa equipe de Redação. Podemos, a esta altura de nossa história, afirmar que somos uma empresa com vocação para a independência e disposição para o jornalismo puro, livre de toda sorte de aflições, ao contrário do que ocorre com significativa parcela dos veículos de comunicação existentes no mercado.
O advento da notícia pré-programada e o acirramento da concorrência, porém, coloca-nos num impasse: para continuar exercendo exemplarmente nossa função, precisamos nos adaptar ao imperativo dos novos tempos e ao paladar de novos leitores. É preciso, pois, dividir mais e melhor.
Torna-se, portanto, uma necessidade vital reafirmar a natureza ativa, vívida e audaz do jornalismo, avessa à fraqueza moral, covarde e medrosa que se reproduz em nosso meio. Torna-se, mais ainda, iminente estabelecer metas que corroborem esta visão e dêem condições para nossos jornalistas e colaboradores exercerem com mais afinco suas atividades. Este é o propósito do Projeto Rolha. Seus objetivos: tapar os buracos na apuração e execução da notícia, impedir flatulências lingüísticas e prevenir o vazamento do público leitor. Suas metas: informação inquestionável, interpretação excelente e infinidade de opiniões. Mais que passos, saltos, que é preciso dar na busca de um jornalismo cada vez mais cínico, singularista e repartidário.
Por cínico, compreende-se tudo que é relativo a ou adepto da doutrina dos filósofos gregos Antístenes de Atenas (444-365 a.C) e Diógenes de Sinope (400-325 a.C.), que se caracteriza, essencialmente, pela oposição aos valores sociais e culturais em vigor, com base na convicção de que não é possível conciliar leis e convenções estabelecidas com a vida natural autêntica e virtuosa [copyright A. Houaiss, o filho de dona Malvina]
Por singularista, compreende-se, do ponto de vista semântico, a doutrina que apregoa tal número de livres-expressões que indicam uma só pessoa ou coisa. Isso não significa que o jornal deva sempre privilegiar sua própria visão. Ser singularista é avaliar, e não previamente excluir, como ensina o Professor Pardal, a possibilidade constante de novas invenções.
Por repartidário, compreende-se a sublimação do divisionismo, conceito fundador e pedra angular do jornalismo horaprimesco. O “recurso ou prática de causar divergências ou dissensões dentro de um grupo ou instituição”, como ensina o filho de dona Malvina, deve se converter em uma busca permanente por repartir, para o bem da democracia e primazia do interesse público, toda e qualquer unanimidade na sociedade.
Atendidas estas recomendações, acreditamos, a Hora Prima seguirá premiando o leitor.
4 comentários
Bravo! Bravo!
ReplyAve Hora Prima!
Nosso Senhor do Bonfim abençoe a Hora Prima!
ReplyExcelente, men.
ReplyE que viva o Hora-Prima!
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