PRIMORÂMICA
Os rodapés mais importantes dessa e de outras semanas na ilibada opinião da Hora Prima
Uma biografia a preservar
A postura de Lula ante a crise é na verdade uma envernizada em sua biografia. Preservando os 300 picaretas no lugar ele comprova a atualidade de sua, senão melhor, mais musical frase. E para homenagear a sintaxe presidencial, uma rápida pincelada (lá nele!) do processo criativo da alma mais inocente da nação:
Dialogando com Erasmo de Rotterdam: "Falar de doença mental não deve ser difícil para ninguém, porque a dura realidade é que todos temos um pouco de louco dentro de nós. Quem não acreditar, é só fazer uma retrospectiva do seu comportamento nos últimos dez anos".
Sobre o jornalismo crítico e investigativo: "Estou com uma dor no pé, mas não posso nem mancar para a imprensa não dizer que estou mancando porque estou num encontro de portadores de deficiência".
Em visita à vetusta Resprivada do Gabão: "Eu gostaria de aprender como é que um presidente consegue ficar 37 anos no poder e ainda se candidatar à reeleição".
Panorama
A partir de amanhã, a Hora Prima se embrenha na programação do 4° Panorama Internacional Coisa de Cinema. O Editor-em-Chefe promete comentários pertinentes e abalizados sobre todos os filmes a que nossa equipe assistir. Serão horas e horas de cobertura ininterrupta até 18 de agosto ou enquanto Nossosenhorjesuscristo permitir.
Tem o mais novo Carlão Reichenbach, Bens Confiscados, Domingos de Oliveira, com Feminices, cinco filmes do alemão Herbert Achternbusch e Falsh, A Promessa, Rosetta e O Filho, dos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne, vencedores da Palma de Ouro em Cannes este ano com L’Enfant.
Ainda Panorama
Oportunidade para conferir também o que andam fazendo alguns cineastas e videoastas baianos. Na programação estão o novo curta de Sofia Federico, Caçadores de Saci, e o “exprimental” (é o gênero, viu) Ogodô, de Marcondes Dourado. Tem ainda Esses Moços, de Araripe, e O Anjo Daltônico, de Fábio Rocha, sobre o qual Júlio Gomes tem opinião.
Entre ovos e laranjas
De Roberto Jefferson, em palestra na Faculdade de Direito da USP, de onde saiu homenageado pelos presentes com laranjadas e ovadas: "Nos meus 23 anos de mandato, todo malandro que eu vi batendo no peito em nome da ética e da moralidade, descobri depois que era safado", discursou. "Eu não. Eu nunca fiz esse discurso", completou a auto-análise. Como ninguém é de ferro, a platéia em uníssono deu a sua versão: “Picareta, picareta”. E tantos quantos jornalões e revistonas continuam se pautando pelo cara-de-pau, para ficar no eufemismo.
Nota de esclarecimento
1 comentários :
Pois é.... Não sei quem é mais inocente: Lula ou Damian, o menininho de "Millions", o filme novo de Danny Boile, com a comovente frase "Mas Deus não rouba bancos!" ao descobrir que sua pequena fortuna (o que é uma mochila com 200 mil libras perto de um dízimozinho aéreo,né?) caída do céu não viera de Deus, mas fora roubada de um banco. Aposto em Damian, pois mesmo Lula diria a ele que na verdade "só Deus nao rouba bancos"...se bem que Ele tem andado meio sumido depois do Banco Central de Fortaleza, repararam?
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